Preocupados com encaminhamentos relativos à assistência média no Estado, o CRM convocou plenário aberta de seus conselheiros ocorrida em 30/04/04, convidando instituições envolvidas para livre manifestação e contribuição. Lamentamos a ausência de alguns dirigentes principais e, especialmente, das instituições que nem mesmo representantes enviaram, tais como o Ministério Público Federal, as Comissões de Saúde da Câmara de Vereadores de Campo Grande e da Assembléia Legislativa, além do Procon e da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul. A plenária foi convocada, uma vez que o CRM entende que, em país com problemas estruturais como o Brasil, a ordem social depende da correta atitude por parte de todos os setores, tais com o respeito à ciência, ao papel social das profissões, ao relacionamento inter-institucional e à busca incessante do estado democrático de direito. O tensionamento diário privilegiando somente a lógica economicista e a atitudes administrativas tecnicistas, sem o reconhecimento dos principais objetivos e metas que encaminharão reais soluções definitivas em favor de pacientes e profissionais de saúde, nunca servirão para perseguir o equilíbrio do sistema. Se hoje todos sofrem reveses, é óbvio que o momento é de parceria, bom senso e equilíbrio, principalmente entre as instituições oficiais. Os médicos têm sérios problemas para tratar pacientes. Entre eles, eventual inadequado material de trabalho, estressantes inúmeros empregos por longo tempo de exploração da força de trabalho pelo sistema público e privado, gerando insatisfação diante dos inúmeros empregos e do tratamento injusto e parcial pelas autoridades e imprensa. Qualquer coisa que3 acontece, acaba sempre sendo culpa do médico, o que, obviamente, em geral, não é verdade. O sistema público (SUS) que oferece remuneração vil, que pelo menos pague em dia. Se as autoridades competentes souberem que recurso público pertencente os médicos está sendo desviado para outros fins, que cumpram a sua obrigação e ajam imediatamente para a regularização do desvio. O sistema privado (planos de saúde), há mais de 10 anos explorando os médicos, reage sem razão à implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), estudo da FIPE calculando o valor do trabalho médico para convênios. Acusam ainda de cartelização, quando outras profissões, por exemplo, a advocacia e a engenharia, sempre tiveram tabelamentos e nunca foram assim tratadas. Os pacientes, do SUS ou dos planos de saúde privados, precisam conhecer bem as mazelas do sistema e exigir o funcionamento ideal e justo do mesmo, pois trata-se do bem maior em jogo, que é a sua saúde. O CRM e os médicos estarão sempre à disposição para os esclarecimentos necessários. Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul – CRM/MS

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