Definir as vagas para residência médica de acordo com as necessidades regionais do Sistema Único de Saúde é o que defendem os Ministérios da Educação e da Saúde. A proposta é que o governo federal seja o indutor da formação de médicos especialistas. Segundo o coordenador da Comissão de Ensino Médico do Conselho Federal de Medicina, com esta medida existiriam apenas dois tipos de especialistas: um especialista do SUS e outro especialista que não é do SUS, Genário Barbosa diz que esta é uma situação preocupante. “É como o pessoal do SUS tivesse direito àquelas quatro ou cinco áreas que ele vai determinar. É um contra-senso. Você prioriza umas áreas, mas que essas área vão encaminhar o paciente para outras áreas de conhecimento que também requer treinamento”. As principais carências regionais do sistema público de saúde estão nas especialidades de cancerologia, medicina intensiva, neurologia, anestesiologia, pediatria e medicina da família e comunidade. Para o vice-presidente do CFM, Roberto D’Ávila o governo cria um outro problema na saúde ao enfatizar a formação nessas áreas. “Se você minimiza a importância desses especialistas no processo de atenção à saúde, você corre risco depois de não ter especialistas para atender a demanda gerada pelos próprios médicos generalistas na atenção básica”. De acordo com o governo a medida é voltada à interiorização dos profissionais como forma de evitar desequilíbrios regionais na oferta de vagas para residência médica. (fonte: Agência Radioweb – 10.07.2008)

Facebook Instagram
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.