A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) abriu consulta pública para avaliar a inclusão do fumarato de dimetila na lista de medicamentos oferecidos pela rede pública de saúde para o tratamento da esclerose múltipla. Especialistas e sociedade civil podem enviar suas contribuições até esta quinta-feira (2).

Se incorporado, o medicamento será a primeira terapia oral disponibilizada gratuitamente para o tratamento dos estágios iniciais e avançados da esclerose múltipla recorrente-remitente, a forma mais comum da doença. A esclerose múltipla acomete mais de 35 mil pessoas no Brasil, sendo que aproximadamente 13 mil estão em tratamento, a maioria pelo SUS.

Por muitos anos, os pacientes brasileiros que convivem com essa doença neurodegenerativa e incapacitante contaram apenas com injeções (algumas diárias) para evitar a ocorrência de surtos e reduzir a progressão dos danos cerebrais.

A incorporação do fumarato de dimetila deve impactar de maneira positiva a adesão ao tratamento crônico, principalmente devido à comodidade da administração oral. Segundo estudos clínicos que acompanharam mais de 2.600 pacientes, a molécula reduz em 53% a taxa anual de surtos e em 38% a progressão da incapacidade[ii]. O medicamento tem ainda perfil favorável de segurança e tolerabilidade, a maioria dos eventos adversos é transitório e gerenciável.

O pedido de inclusão do fumarato de dimetila na rede pública de saúde vem ao encontro de uma discussão recorrente entre comunidade médica e grupos de pacientes. Ambos defendem a elaboração de uma nova diretriz de tratamento, mais ampla, que inclua no arsenal terapêutico medicamentos modernos hoje disponíveis apenas na rede privada, com alto custo, o que dificulta o acesso dos pacientes à terapia.

O fumarato de dimetila já é comercializado nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, União Europeia e outros países da América Latina e chegou ao Brasil no fim de 2015. A terapia tornou-se a mais prescrita para o tratamento da esclerose múltipla no mercado americano, após seis meses de lançamento. Já foi usada por mais de 190 mil pacientes em todo o mundo.

A consulta pública pode ser acessada pelo link  http://conitec.gov.br/index.php/contribuicao-consulta-publica?cp=122016.


Fonte: blog Correio24horas

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