A 2ª vice-presidente do CFM, Rosylane Rocha, reuniu-se na tarde desta quarta-feira (11) com o presidente e a vice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Schettino e Ana Paula Mantovani, para convidá-los para participar das comemorações pelos 80 anos do CFM e apresentar propostas pelo fortalecimento da medicina, como a criação do exame de proficiência para recém-formados e a proposta do Pacto pela Saúde e Segurança do Paciente.
Na conversa, Rosylane Rocha esclareceu que a missão do CFM é proteger a sociedade. “Dentro desse escopo, estamos preocupados com a qualidade dos profissionais que estão sendo formados por escolas que não apresentam campos de prática. Segundo levantamento do CFM, 78% dos municípios que sediam faculdades de medicina não possuem condições mínimas, como leitos e equipes de saúde da família, para que os estudantes possam aprender”, destacou.
O resultado é uma formação deficitária, como mostrou o último Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), que mostrou um aumento no número de faculdades de medicina com pontuação deficitária. “São cerca de sete mil médicos que entraram no mercado egressos de faculdades pontuadas com notas 1 e 2 no último Enade”, alertou.
O procurador José Schettino concorda com a preocupação do CFM e se dispôs a contribuir com o debate pela aprovação da Prova de Proficiência a ser aplicada pelo CFM. “Se não tivesse sido criado o exame da OAB, hoje teríamos uma advocacia brasileira muito mais frágil”, afirmou. O presidente da ANPR colocou a instituição à disposição do CFM na campanha pela criação do teste. “Contem com o meu apoio”, garantiu.
Schettino e Ana Paula também demonstraram preocupação com o risco do exercício ilegal da medicina, o que representa um grave risco à saúde da população. Rosylane Rocha também apresentou a Revista Bioética do CFM e convidou os procuradores para submeterem artigos para publicação no periódico. Os dirigentes da ANPR demonstraram interesse em divulgar a revista entre os associados da entidade.