TECA e cursos da American Heart podem ser alternativas educacionais


Os coordenadores dos cursos de treinamento em emergências da Sociedade Brasileira de Cardiologia se reuniram na sede em São Paulo para debater os próximos passos frente ao dilema das duas linhas de educação que hoje existem: o TECA e os cursos da American Heart Association. O encontro com os coordenadores aconteceu semanas após a primeira reunião, onde a Diretoria sugeriu que ambos pudessem ser ministrados pela SBC.

Sérgio Timerman que é, junto com Agnaldo Pispico, coordenador de Treinamentos em Emergências apresentou um histórico do tema no Brasil. Timerman lembrou que o primeiro curso surgiu por aqui, em 1982, trazido dos Estados Unidos por John Cook LaneAri Timerman, irmão de Sérgio. “Não houve continuidade e só em 1996, o Hospital Albert Einstein, me incumbiu de levar um grupo de médicos para serem treinados com o ACLS, em Miami”, lembra Sérgio. Com a morte de Jozef Fehér, que foi presidente do Einstein e era um entusiasta da iniciativa. “Ficamos também órfãos”, lamentou.

Iniciativa da SBC – Em 2002, na gestão de Gilson Feitosa, como presidente da SBC, Ari Timerman, presidente do Funcor, estruturou o Comitê de Ressuscitação e a parceria com a American Heart Association foi assinada para ministrar os cursos de ACLS, PALS e BLS. Sérgio Timerman foi o primeiro coordenador e com o sucesso da iniciativa chegou a presidência da Sociedade Interamericana do Coração, onde também constituiu o Conselho de Emergências Cardiovasculares da Fundação Interamericana do Coracão. A entidade foi co-fundadora da ILCOR – International Liaision Committee on Ressuscitation e Sérgio Timerman um dos signatários da fundação e das primeiras Diretrizes Mundiais sobre o tema.

TECA – Na segunda passagem de Sergio Timerman pela SBC, Carlos Alberto Machado, então diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular (antigo Funcor), e Jadelson Andrade, à época presidente da SBC, tinham uma nova tarefa para Sérgio. O Ministério da Saúde solicitou a criação de um curso genuinamente brasileiro. “Jadelson deu o nome, TECA – Treinamento em Emergências Cardiovasculares, e eu, juntamente com uma série de coordenadores, iniciamos a formatação dos cursos com base nas Diretrizes brasileiras em emergências”, relembra.

Futuro – Sergio Timerman acredita que o futuro é promissor e que há espaço para o TECA e para os cursos da American Heart. “Temos que fortalecer a liderança que a SBC sempre teve nos cursos da AHA e ainda oferecer uma alternativa para quem quer algo nacional, como é o TECA”, completa. O mesmo pensamento é de Agnaldo Pispico. “Os dois podem caminhar concomitantemente, sem qualquer prejuízo. São alternativas educacionais”, conclui Pispico.

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