Daniela Rocha Seis mil e dez sul-mato-grossenses podem desenvolver câncer este ano. A estimativa é do Instituto Nacional do Câncer (Inca), e comparada com o cálculo de oito anos atrás revela um aumento de 26,6% na projeção. Em 2000, o instituto estimava que 4.770 pessoas poderiam ter câncer no Estado. A cada ano a projeção vem subindo, mas não existem números que mostrem quantas pessoas realmente desenvolveram a doença. Para o Inca, o acréscimo no número de pessoas com câncer em todo o Brasil se deve ao aumento da expectativa de vida da população, associado à exposição a fatores de risco. Em Mato Grosso do Sul, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida é de 72,9 anos. O IBGE também diz que o câncer é a segunda causa de morte por doença no País, perdendo apenas para os males que atingem o coração. Somente na Região Nordeste o câncer é a terceira causa de morte. O câncer é o conjunto de doenças caracterizadas pela multiplicação descontrolada de células, que invadem tecidos e órgãos, podendo se espalhar para várias partes do corpo. Se forem diagnosticadas rapidamente, as neoplasias podem ser curadas com tratamento químico ou cirurgia. HOMENS O câncer de próstata é o que mais acomete os homens em Mato Grosso do Sul. Segundo a estimativa do Inca, em 2008, 720 homens devem desenvolver a doença no Estado, contra os 250 estimados em 2000. Para Campo Grande a estimativa é de 280 novos casos. O câncer de próstata é também o tumor mais comum entre os homens com mais de 50 anos de idade no Brasil. A próstata é uma glândula que se localiza entre a bexiga e o reto e é responsável pela produção do sêmen (líquido que carrega os espermatozóides). Após os 50 anos, torna-se imprescindível que o homem faça regularmente exames para detectar a doença. Os testes mais comuns são o de toque retal, a ultrassonografia transretal e o de sangue, para detctar a quantidade de antígeno prostático-específico (PSA). Assim como os outros tipos de câncer, os homens que têm familiares que já tiveram a doença precisam se preocupar ainda mais, pois a neoplasia pode ser hereditária. Ainda segundo a estimativa do Inca, o segundo tipo de câncer que mais se deve acometer os homens é o câncer de pele não-melanoma. São projetados 690 casos no Estado este ano. O tumor não-melanoma é o mais comum e com maior incidência em pessos com mais de 40 anos de idade. A grande exposição aos raios solares sem proteção é uma das principais causas dessas doença. MULHERES Entre as mulheres sul-mato-grossenses, o câncer de pele não-melanoma é o mais comum. Segundo a estimativa do Inca, devem surgir 890 novos casos este ano. Em 2000, a projeção era de 960. Para Campo Grande, a estimativa em 2008 é de 320 novos casos. A prevenção para esse tipo de câncer passa por evita a exposição ao sol entre 10 e 16 horas. Mesmo fora desse período é importante usar algo que proteja a cabeça, óculos escuros e protetor a 15. O principal sintoma da doença é a ocorrência de feridas na pele que demoram mais de quatro semans para cicatrizar, além da vairação na cor de sinais e manchas que ardem, coçam, sangram ou descamam. O segundo tipo de câncer que mais deve acometer as mulheres no Estado é o de mama. A previsão é de 560 novos casos em 2008, dos quais 250 em Campo Grande. No Brasil, esse tipo de cancer é o que mais causa a morte de mulheres. O diagnóstico precoce, assim como nos outros casos de neoplasia, é de grande importância para se alcançar a cura. Por isso, são realizadas frequentes campanhas para conscientizar o público feminino a fazer o auto-exame em casa, à procura de caroços na mama, e também a procurar o médico periodicamente. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 08.04.2008)

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