Alana Gandra Rio de Janeiro – O diagnóstico precoce é a grande arma que os profissionais de saúde devem ter para combater o câncer em crianças e adolescentes, disse hoje (27) o especialista Cláudio Noronha, coordenador de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde. Hoje, o Inca divulgou um estudo inédito que retrata a situação do câncer entre crianças e adolescentes. Nas últimas décadas, houve uma reversão do eixo da doença, que passou de 80% de óbitos para uma média de 65% de sobrevida, com possibilidades de alcançar 85% de sobrevida, no médio prazo. Noronha explicou que isso se deve à melhoria dos tratamentos, “que são mais efetivos, em especial, os quimioterápicos”. Além disso, a possibilidade de cura é maior “e mudou a situação em função dos avanços médicos, ou seja, do arsenal terapêutico”. João Guilherme Smith Santos Cruz, de 15 anos, teve diagnosticado um tumor no sistema nervoso central há dois anos. Ele se tratou no Inca e está curado. Para a criança que venha a ter câncer, ele dá um conselho: “Fique calma. Não fique nervosa. Vai acabar tudo bem. E siga todo o tratamento à risca”. O diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini, destacou a importância de que os profissionais de saúde, em especial os pediatras e médicos de família, que fazem o primeiro atendimento da criança, sejam alertados para o fato de que “o câncer hoje é uma doença importante na população infanto-juvenil e, numa determinada faixa etária, entre cinco e 18 anos de idade, já é a primeira causa de morte por doença”. Ele disse que o pediatra é uma peça fundamental para o diagnóstico precoce da doença. “É preciso que o treinamento dos profissionais leve em conta essa possibilidade. O diagnóstico de câncer inicial não é fácil porque os sintomas iniciais da doença são muito semelhantes a diversas outras doenças comuns da infância”. A recomendação de Noronha é que o pediatra analise o paciente, partindo do princípio que existe a possibilidade de que o problema esteja relacionado à doença. Santini enfatizou que, atualmente, a maior parte dos tipos de câncer é curável. “O importante é que procure o serviço adequado, que tenha um bom atendimento e que cobre das instituições. Porque o Sistema Único de Saúde está aí para isso e tem obrigação de fazer o melhor serviço e o melhor atendimento possível.” (fonte: Agência Brasil – 27.11.08)

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