Nesta semana, a crise da Santa Casa, maior hospital de Campo Grande, foi tema de Audiência Pública. Além da falta de leitos e a escassez de recursos, o presidente do hospital, Wilson Teslenco, colocou em pauta a dívida crescente do hospital.
A Santa Casa hoje sofre com um déficit mensal em torno de R$ 4 milhões, o que compromete o atendimento aos pacientes. Os salários médicos também foi um fator importante no debate, no último mês houve corte de 30% nos salários de todos os médicos.
A Audiência Pública reuniu autoridades, parlamentares e representantes de outros hospitais e entidades da saúde. O presidente do CRM-MS, Alberto Cubel Junior, lamentou a crise instalada no Hospital: “Além de ilegal, o corte nos salários desses médicos que são, antes de tudo, trabalhadores e totalmente qualificados, desestimula aqueles que continuam na Santa Casa. E acredito ainda, que o hospital irá perder excelentes e importantes profissionais”.
O presidente do Conselho Regional de Medicina de MS também pontuou fatores que corroboram com a super lotação e o aumento do número de ocorrência nos postos. Entre eles, Cubel destaca a falta da implantação da lei seca que poderia diminuir riscos de acidentes de trânsito, falta de pré-natal adequado e deficiência da saúde primária nas unidades básicas.
Após 4 horas de debate, não houve ainda um posicionamento definido quanto aos problemas enfrentados pela Santa Casa de Campo Grande.