Guilherme Soares Dias A reforma no prédio do Hospital Sírio-Libanês fez com que o pronto-socorro (PS) da entidade parasse de funcionar. Cerca de 80 pessoas deixaram de ser atendidas no hospital localizado na Avenida Afonso Pena, 2.429, no centro de Campo Grande. O Sírio-Libanês é referência no atendimento cardiovascular e é uma das principais portas de entrada dos pacientes de convênios médicos. O fechamento do pronto-socorro do Sírio-Libanês foi sentido principalmente na Clínica Campo Grande e na Santa Casa, que também atendem pacientes com problemas cardiovasculares. Segundo uma médica, que não quis ter o nome divulgado, o atendimento na Clínica Campo Grande praticamente dobrou na última semana com fechamento do PS do Sírio-Libanês. Ontem à tarde, a médica esperava uma sala para atender os pacientes que chegavam ao hospital e aguardavam no corredor. Na Santa Casa, também houve aumento nos atendimentos cardiovasculares, mas a proporção foi menor. “Aumentou cerca de 10%”, segundo a cardiologista. REFORMA Há dez dias, o Sírio-Libanês deixou também de fazer internações e transferiu o setor de Centro de Tratamento Intensivo (CTI) para o hospital El Kadri – que pertence ao mesmo proprietário. “O El Kadri está sofrendo modificações para atender essas pessoas. O pronto-socorro infantil é um dos setores que estão sendo adaptados”, diz o diretor-operacional do Sírio-Libanês, Nasmi Kadri. O único setor do hospital que ainda funciona normalmente é o de consultas médicas, realizado no primeiro andar, assim como a hemodiálise. Segundo o diretor operacional, esses setores também devem ser paralisados em algum momento para o prosseguimento da reforma. “Não tem como manter funcionando. Já fizemos vários remendos e o hospital fica com aspecto ruim. Agora tem que parar”, diz. O prédio onde funciona o Sírio-Libanês é de 1993, segundo Kadri, e foi reformado há dois anos. Agora, a manutenção vai atingir a parte hidráulica e as portas. “Estamos adquirindo 90 portas e isso demora. Não tem como prever em quanto tempo vamos concluir a intervenção”, afirma. No entanto, Kadri informa que o hospital pretende retomar o atendimento “o mais rápido possível”. “Para a gente também é prejuízo, além do transtorno que isso causa para o cliente”, reconhece. EL KADRI A reportagem tentou entrar em contato com o proprietário do El Kadri e do Sírio-Libanês, Mafuci Kadri, que não retornou as ligações, nem atendeu a equipe quando esteve nos hospitais. A informação era de que ele estava em viagem a Bonito. A assessoria de imprensa da Unimed, uma das entidades que mantêm convênio com o Sírio-Libanês, afirma que desconhecia a interrupção no atendimento do pronto-socorro do hospital e informa que a entidade não foi avisada da interrupção e vai averiguar a situação para se posicionar sobre o assunto. A Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul (Cassems) foi procurada pela reportagem, mas não deu retorno até o fechamento desta edição. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 23.09.08)

Facebook Instagram
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.