Duas pessoas foram presas, nesta quinta-feira (20), durante uma operação da Polícia Federal contra a falsificação e venda de diplomas de medicina. Segundo os investigadores, a organização criminosa possui sede em Goiás e cobrava entre R$ 100 mil e R$ 150 mil por cada documento. A Polícia Federal começou a investigar o grupo em abril de 2016, após a denúncia do Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (Cremese).

“O CRM inscreveu uma pessoa e, após os trâmites de conferência, viu que ele não era acadêmico de medicina no Brasil”, explicou o delegado Carlos Cesar Pereira de Melo. De acordo com a PF, o grupo vendia os diplomas falsos em nome de instituições de ensino da região Sul do País com a promessa de que seriam extraídos das próprias universidades. Estudantes de medicina que se formavam no exterior eram o foco da organização.

Os policiais também constataram que os suspeitos acompanhavam os clientes quando requeriam o registro profissional no Cremese. A corporação identificou que duas pessoas conseguiram os documentos, que já foram anulados. Chamada de Diploma Fácil, a operação também cumpriu três mandados de busca e apreensão nos estados de Goiás e Bahia, onde houve outras tentativas de registro nos CRMs.

DESDOBRAMENTOS – Segundo a corporação, os integrantes do grupo devem responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade de documento e uso de documento falso. Caso sejam condenados, eles podem pegar até 13 anos de prisão. As pessoas que se formaram em medicina no exterior e contrataram serviços do grupo também são investigadas por uso de documento falso. Elas podem ser condenadas a até 5 anos de prisão.

A Polícia apura se o líder do grupo suspeito de falsificar diplomas de medicina também vendia gabaritos e falsificava diplomas de conclusão de curso na Bolívia. “Tomamos conhecimento que o principal alvo também seria piloto em exames para admissão no curso de medicina, que é aquele cidadão inteligente que faz a prova em nome de terceira pessoa. Além disso, tinha um esquema de venda de aprovação no curso de medicina mediante uso de equipamentos eletrônicos”, explicou o delegado responsável.

Além dos dois detidos, o grupo é formado por pelo menos mais duas pessoas. Uma delas é uma mulher, que se passava por integrante de uma unidade de ensino, e ainda não foi totalmente identificada. O outro envolvido emprestava a conta bancária para depósitos dos pagamentos dos diplomas falsos e deve prestar depoimento nesta semana.

Com informações do G1

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