Há 25 anos, o motorista Manoel Amorim da Silva tornou-se a primeira pessoa com doença de Chagas a receber um novo coração. O protozoário Trypanosoma cruzi, adquirido na infância em Castro Alves, provocou insuficiência cardíaca no baiano, que mora em São Paulo há 40 anos. Antes do transplante, Manoel vivia na UTI. “Os sintomas apareceram quando eu tinha 30 anos. Eu não podia subir um lance de escada que já ficava cansado”, diz. “Esse é um quadro que pode levar à morte súbita”, explica José Henrique Andrade Vila, cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, que participou da cirurgia comandada pelo médico Euryclides de Jesus Zerbini, falecido em 1993. Portadores de Chagas eram considerados casos complicados para transplante. Havia o temor de que o parasita pudesse ser reativado com as drogas antirrejeição, que baixam a imunidade. Apesar do ineditismo da cirurgia, Manoel conta que não perdeu o otimismo. “Tinha toda a fé que ficaria bom para criar meus filhos.” Desde a operação, leva uma vida normal. Trabalha ainda como motorista e, nas horas de folga, anda de bicicleta e joga futebol. (Fonte: Site Folha – 03/06/2010)

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