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Cerca de 260 mil mortes anuais poderiam ser evitadas por meio da adoção de hábitos de vida mais saudáveis, entre eles uma boa alimentação. Esta é uma das informações do Guia Alimentar para a População Brasileira, uma publicação do Ministério da Saúde, a ser lançada na Semana Mundial da Alimentação, que começa amanhã e termina dia 22 próximo. O guia foi construído a partir de pesquisas que traçaram o perfil das doenças diretamente relacionadas à alimentação e nutrição. “Frente à nossa realidade epidemiológica, nós estamos agora definindo recomendações, diretrizes, metas e orientações que visam promover a saúde da população”, afirma a nutricionista e consultora técnica da coordenação geral da política de alimentação e nutrição do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Carvalho. Segundo ela, os dados revelam que os brasileiros não têm uma alimentação saudável. Baseado em 30 anos de pesquisas, o guia revela uma tendência de queda no consumo de alimentos saudáveis e culturalmente referenciados, como o tradicional arroz com feijão. Segundo as pesquisas, a tendência do consumo de feijão caiu 31% nos últimos 30 anos. Já o consumo de refrigerantes e biscoitos recheados aumentou 400%. Refeições prontas e misturas industrializadas também aumentaram a participação na mesa do brasileiro em 82% no mesmo período. “O que se percebe é que o nosso padrão alimentar tem mudado, mas de uma forma não desejável. O que está acontecendo com a nossa alimentação é a adoção de dietas ocidentalizadas. A globalização do mercado tem trazido desvantagens também para a nossa alimentação, para a nossa cultura alimentar”, diz a nutricionista. Fátima afirma que é preciso aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras de três a quatro vezes para se atingir o mínimo recomendado para uma dieta saudável. A nutricionista explica que uma alimentação saudável deve ser variada, culturalmente referenciada, saborosa e de custo acessível. “E tem que partir do pressuposto de que a grande base da alimentação devem ser os alimentos mais próximos de como são fornecidos pela natureza”, preconiza. O guia traz nove diretrizes relacionadas aos tipos de alimentos que a população deve ser estimulada a adotar para atingir uma alimentação saudável. Sete abordam os alimentos, entre eles a água, considerada um nutriente fundamental para a vida. As outras duas diretrizes recomendam a prática de atividades físicas e a qualidade sanitária dos alimentos. “As evidências científicas atuais mostram que a alimentação é um dos fatores relacionados às doenças crônicas não-transmissíveis, mas um outro elemento que explica o desenvolvimento e o crescimento dessas doenças é o sedentarismo, ou seja, a falta da atividade física”. Agência Brasil – Radiobrás

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