Com o objetivo de promover educação e atualização de qualidade, compartilhar conhecimentos e novas tecnologias, impulsionar o intercâmbio de pessoas e de ideias entre os grandes centros nacionais e internacionais de estudo da epilepsia, o Congresso da Liga Brasileira de Epilepsia chega a sua 36ª edição. Direcionado para médicos pediatras, neurologistas infantis, neurologistas de adultos, neurocirurgiões, residentes, acadêmicos de Medicina e demais profissionais de saúde, o evento contemplará ainda a III Jornada Internacional De Epilepsia Brasil-América Latina. O 36º Congresso da Liga Brasileira de Epilepsia será realizado de 8 a 11 de junho, em Recife/PE, no hotel Mercure Mar Hotel Conventions – Recife/PE

A programação completa está no site: www.epilepsia2016.com.br/site/
 
O que é epilepsia – A epilepsia é uma doença caracterizada pela alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, indicando que um grupo de células cerebrais se comporta de maneira instável causando reações físicas conhecidas como crises epilépticas. As crises duram alguns segundos ou minutos, variam de um caso para outro, e podem ser acompanhadas por diversas manifestações clínicas como contrações musculares, sensação de “desligamento” por alguns segundos, movimentos automáticos e involuntários do corpo, percepções visuais ou auditivas estranhas e alterações transitórias da memória. São estas reações que, muitas vezes, fazem com que a pessoa sofra discriminação.
 
Cenário da epilepsia –  As estimativas apontam que a epilepsia atinge de 1 a 3% da população mundial.

  • Nos países em desenvolvimento, onde há deficiências nos serviços de saúde, desnutrição e outras enfermidades, essa incidência pode chegar índices mais altos.

  • A OMS estima que 50 milhões de pessoas são afetadas por esta doença mundialmente, o que representa cerca de 1% da população mundial.

  • A OMS diz que a doença pode ser tratada em 70% dos casos, mas três quartos das pessoas acometidas, que vivem em países em desenvolvimento, não recebem o tratamento de que necessitam.

  • Pouco mais da metade dos casos de epilepsia em adultos são do tipo focal complexa. Nesse tipo, 80% dos pacientes têm algum problema no lobo temporal do cérebro, e 20% no lobo frontal. O status epilepticus (grave manifestação da epilepsia definida como diversas crises com curtos intervalos) pode resultar em morte.

  • Em crianças, uma forma comum de crise epiléptica é a crise febril, sendo que 3% de todas as crianças abaixo de 5 anos de idade chegam a apresentar esse tipo de crise.

  • No Brasil, estima-se que haja entre 1,8 e 3,6 milhões de pessoas com epilepsia. Segundo um estudo publicado na Revista Ciência Saúde Coletiva no ano de 2009, foram registradas 32.655 mortes por epilepsia no Brasil durante esse período. Esse número pode ser maior, uma vez que muitos casos podem não terem sido registrados devido a falhas nas coletas de dados e identificação dos óbitos. O mesmo artigo registrou uma alta de 80% do coeficiente de mortalidade por epilepsia na região Nordeste do país, provavelmente devido à baixa disponibilidade de medicamentos para as crises convulsivas e aos serviços deficientes de saúde nessa região.

  • É importante se ter um mapa dos casos de epilepsia no país, pois, dessa forma, as regiões mais carentes de cuidado médico poderão ter suas políticas de saúde melhoradas em função da redução da mortalidade por epilepsia.


Liga Brasileira de Epilepsia – A Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) é uma associação civil, sem fins lucrativos que foi fundada na cidade do Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1949. A LBE congrega médicos e outros profissionais dedicados à saúde das pessoas com epilepsia, tem a missão de promover recursos para o ensino e pesquisa destinados à prevenção, diagnóstico e tratamento da epilepsia. É associada à International League Against Epilepsy (ILAE) e ao International Bureau For Epilepsy (IBE), dos quais recebeu o título de Capítulo Brasileiro e o poder para representá-las no Brasil. Atualmente compõem a diretoria, Adélia Henriques Souza (presidente), Ricardo Amorim Leite (secretário), Valentina Nicole de Carvalho (tesoureira) e Maria Luiza Manreza (Secretária Permanente). www.epilepsia.org.br

Alguns tratamentos que serão abordados – 

Dieta cetogência tem 50% de sucesso em tratamento da epilepsia
 
Tratamento sem carboidrato tem indicações próprias e até 25% dos pacientes que fazem a dieta podem deixar de tomarmedicações de controle.

Estima-se que 30% dos casos de epilepsia seja refratária, ou seja, aquela que não é passível de controle por medicamentos. Esses pacientes possuem atualmente três opções de tratamento: cirurgias corretivas, dieta cetogênica ou uso de estimuladores do sistema nervoso central. Essa segunda alternativa tem se mostrado altamente eficaz em adultos e crianças por todo o mundo: metade das pessoas que fazem a dieta apresenta melhora significativa com diminuição de até 50% na quantidade das crises e entre 10 e 25% dos pacientes simplesmente ficam livres delas.
 
Uso do canabidiol no controle da epilepsia ainda precisa de mais estudos

Relatos existentes envolvem número insuficiente de pacientes. Os cerca de 30% dos pacientes que têm a epilepsia refratária, ou seja, que não respondem bem aos medicamentos antiepilépticos, estão constantemente em busca de alternativas de tratamento. Alguns conseguem se adaptar à dieta cetogênica com bons resultados. Outros se submetem aos testes para uma cirurgia ou ainda o uso de terapias VNS (Estimulação do Nervo Vago) ou DBS (sigla em inglês para Estimulação Cerebral Profunda). Mas uma pequena parcela dos pacientes não se encaixa no perfil para nenhuma dessas alternativas e sofre com a ocorrência de crises diárias. Para essas pessoas, toda e qualquer expectativa de melhora é fundamental na busca pela melhor qualidade de vida.
 

Fonte: Liga Brasileira de Epilepsia 

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