“Melhorar o atendimento básico, para que as crianças não adoeçam tanto e a demanda nos postos de saúde não seja tão grande. Proporcionar condições de trabalho adequadas”. Estas são as soluções defendidas pela Sociedade de Pediatria do Mato Grosso do Sul (SPMS), com apoio das demais entidades médicas e da população, para um problema que tem se agravado no serviço público. São plantões com média de 80 atendimentos em 12 horas, sem, às vezes, sequer um aparelho de raio x”, informa o presidente da entidade, Alberto Cubel Brull Júnior. “Some-se a isso, uma remuneração aviltante e a falta de segurança”, acrescenta. Em julho, seguindo as orientações do Fórum de Defesa Profissional realizado pela SBP, a SPMS buscou as demais entidades médicas do estado: “Nos reunimos, discutimos os problemas do pediatra do Mato Grosso do Sul, e recebemos total apoio dos colegas”, informa Alberto, se referindo ao Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos (SinMed) e Associação Médica (AMMS). Juntas, as instituições apresentaram um documento à Secretaria de Saúde de Campo Grande. Propostas – Em reunião com o secretário, no início de agosto, os médicos apresentaram propostas consistentes. A Sociedade de Pediatria do MS e a SBP entendem que a inclusão do pediatra na Estratégia de Saúde da Família (ESF) é o caminho para bem atender a população, atuando na base e com resolutividade. Campo Grande tem nove postos de saúde com emergência 24 horas. “Sugerimos que se fixe cerca de quatro para atenção em pediatria, estrategicamente localizados, com especialistas em todos os horários, com condições mínimas de atendimento (laboratório, exames de imagem e enfermagem treinada), processos de atualização, com remuneração digna e com possibilidade de crescimento e reconhecimento profissional”, diz o documento, assinado por Alberto Cubel, com apoio de Marco Antônio Leite, presidente do SinMed-MS, e Antonio Carlos Bilo, do CRM-MS. O texto enfatiza a importância da formação específica na área de pediatria e define como desrespeito “grave” o atendimento de crianças por médicos sem o conhecimento apropriado. As entidades também refutam a afirmativa de “falta de pediatras”. Argumentam que se hoje há dificuldade para o preenchimento da escala de plantões das unidades de emergêcia, é o que falta na política de valorização profissional”. (fonte: SBP – 08.09.09)

Facebook Instagram
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.