Azael Júnior Os pais do menino Linkon Soares Lima, de dois anos e nove meses, que morreu vítima de meningite na segunda-feira (21) em Campo Grande, procuram amenizar o sofrimento pela perda do filho em uma cruzada pela inclusão da vacina contra a doença no calendário de Programa Nacional de Imunização. Manoel Benedito Lima, 29 anos e Fernanda Soares da Silva, 24, iniciaram ontem uma campanha para coleta de assinaturas e assim propor um Projeto de Lei de Iniciativa Popular. A idéia é conseguir um número expressivo de assinaturas para colaborar com o Instituto mineiro Pedro Arthur, que iniciou em julho de 2006 uma campanha nacional para colher 1,2 milhão, de assinaturas, o equivalente a aproximadamente 1% dos eleitores do País. A Constituição Federal prevê a possibilidade de a população encaminhar projetos de lei feitas dessa forma – ao Congresso Nacional. “Essa é uma maneira de fazer da morte de nosso filho um alerta para que as pessoas se conscientizem da importância da vacinação”, diz. Lima afirmou que espera obter apoio de entidades para fortalecer o movimento pró-gratuidade da vacina. “Espero Que a sociedade de forma geral se mobilize em torno de um direito que pode salvar vidas”, diz. As vacinas que fazem parte do calendário de vacinação gratuita são a Triviral (que protege contra meningite por sarampo e caxumba), BCG, (contra a meningite tuberculosa) e a Anti-Haemophilus (que protege contra um dos tipos da doença). A intenção, segundo Lima, é conseguir inserir no calendário de vacinas a dose da antipneumocócica – que possibilita a imunização contra ‘ sete tipos de “pneumococos” (causadores da doença). A sociedade Brasileira de Pediatria (ABP) recomenda a inclusão no calendário de vacinação para crianças até dois anos. Outra vacina oferecida somente na rede particular é a antimeningogócica C, contra o meningococo do tipo C. O médico infectologista do Hospital Universitário,Rivaldo Venâncio, explica que a doença possui cerca de 80 agentes infecciosos, que causam desde uma forma branda da enfermidade os quadros clínicos mais severos. “Esses agentes circulam no ambiente e essa época de clima seco favorece o surgimento de mais casos “ diz. De acordo com a gerente – técnica das doenças imuno-previníveis da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Mariah de Barros, neste ano já foram registra dos 17 casos de meningite! na Capital, sendo sete do tipo bacteriano – a forma mais grave da doença. Duas pessoas morreram. Em 2007, foram 138 casos (32 do tipo bacteriano) ” Os sintomas da meningite são febre alta e persistente, dor de cabeça, vômitos em jato, rigidez na nuca; em crianças acima de um. ano de idade. Em crianças – abaixo de um ano e com ar – moleira aberta, o abaulamento desta parte do corpo é um forte sinal. Em recém nascidos, a das doenças Suspeita diagnóstica torna-se mais difícil, em geral, choro irritado, hípoatividade, hipo ou hipertemía e gemência devem chamar a atenção para um possível diagnóstico. Caso haja suspeita, o exame deve ser feito o mais precoce possível e a função lombar deve ser prescrita assim que indicada. Instituto O Instituto Pedro Arthur foi criado após a morte do menino – que dá nome à instituição – depois de contrair a doença, ficar tetraplégico e permanecer 24 horas ligado a um respirador artificial. Ele tinha um ano e seis meses. Os pais da criança fizeram o instituto e iniciaram campanha pela vacinação gratuita. Mais informações sobre a entidade podem saj obtidas no site www.institutopedroarthur.org.br. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 30.07.2008)

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