No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio de seus conselheiros, expressa sua gratidão às mulheres que dedicam suas vidas ao atendimento dos pacientes, muitas vezes dividindo suas rotinas profissionais com a outras tarefas, como seus compromissos com suas famílias, companheiros e outros projetos pessoais. Em uma mensagem enviada a toda a categoria, a autarquia ressaltou a importância das mulheres para a profissão e a sociedade.
 
“As mulheres merecem nossa admiração pela forma como se superam para assegurar o melhor desempenho em todas as dimensões da vida. Elas são ao mesmo tempo mães, filhas, esposas, companheiras, professoras e aprendizes. Na medicina, usam sua sensibilidade natural e talento como ferramentas para exercer com graça, competência e arte sua missão de lutar pela vida e pela saúde da população”, disse o presidente do CFM, Carlos Vital.
 
Neste contexto, destaca-se a crescente participação da mulher no universo da população médica no País. Em 2014, os homens eram maioria, 57,5%, dos médicos no país, e as mulheres, 42,5%. Contudo, de acordo com a tendência observada pelo estudo Demografia Médica 2015, publicado ano passado, há uma tendência de feminização da medicina no Brasil.
 
No cenário atual, entre os médicos com 29 anos ou menos, as mulheres já são maioria, com 56,2% contra 43,8% dos homens. Entre 30 e 34 anos, são 49,9% de mulheres e 50,1% de homens. Nas faixas etárias superiores, o percentual de homens é maior, passando de 55,6% no grupo com 50 a 54anos e chegando a 77,6% entre os médicos com idade entre 65 e 69anos. Contudo, com o tempo essa proporção deve mudar.
 
Quando se observa o número de novos médicos, vê-se que a entrada masculina ainda era maior até 2010. Naquele ano, foram 7.250 registros primários de homens e 7.136 de mulheres, 50,4% contra 49,6%, respectivamente. No entanto, em 2011 houve uma mudança significativa: as mulheres passaram à frente, com 52,6% contra 47,4% de homens. Em 2014, a entrada feminina equivalia a 54,8%, contra 45,2% masculina. No ano de 2000, os homens eram 59,2% contra 40,8% das mulheres.
 
“Esse quadro indica que o futuro da medicina no Brasil, em pouco tempo, terá que levar em conta questões, como a maternidade, por exemplo. Será necessário pensar uma carreira onde as especificidades de gênero sejam observadas e respeitadas para que todos possam exercê-la sem maiores problemas”, refletiu o conselheiro Henrique Batista e Silva, secretário Geral do CFM.
 
Para o conselheiro Hermann von Tiesenhausen, 1º secretário do CFM, esse aumento da participação feminina na população médica se refletirá também na sua maior representatividade nos espaços de liderança. “Atualmente, contamos com três conselheiras efetivas no CFM, mas há inúmeras médicas que atuam em atividades nos conselhos regionais, nos sindicatos, nas sociedades de especialidade. As mulheres, hoje, têm seu espaço garantido e não se deve a uma concessão. É o resultado de uma conquista pela competência e dedicação”, finalizou. 
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