Todos os anos, quando chega o inverno, um vírus oportunista se instala no organismo e provoca sintomas como febres, dores no corpo, de cabeça e de garganta. O influenza, a tão conhecida gripe, acomete milhares de pessoas. O problema maior é que muitos a confundem com o resfriado, que é uma infecção respiratória menos grave. No mundo todo, laboratórios sentinelas acompanham a mutação do influenza. A cada ano, os tipos mais freqüentes de vírus são utilizados para criar novas versões da vacina. Isso significa que ela passa sempre por atualização. Tem grau de proteção variável – a cada dez vacinados, de sete a nove aproximadamente não terão gripe, enquanto de um a três podem se infectar, porém, com sintomas leves. “É preciso deixar claro que a vacina protegerá contra os vírus que fazem parte de sua composição. O individuo não será mais acometido por aquele tipo de vírus, pois o mecanismo de defesa o registra e não permite ser atingido novamente. Agora, se for outra espécie da família influenza, não haverá a imunização”, explica o Dr. Rafael Stelmach, pneumologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), ex-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT). A despeito da eficiência comprovada, ainda existem mitos em torno da vacina contra a gripe. Um deles é que ela seria a responsável pela própria doença. “Na verdade, a vacina tem como base a fração do vírus morto e, portanto, não pode causar a doença”, explica o dr. Alfredo Elias Gilio, doutor em pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e diretor da Divisão Clínica Pediátrica do Hospital Universitário da USP. QUANDO INDICAR O ideal é tomar a vacina no período que antecede o inverno, o outono, entre os meses de março e abril. Em três, quatro semanas, sua ação protetora fará efeito e terá duração média de um ano. Outro fator importante a considerar na vacinação é a faixa etária: os extremos, bebês e idosos, são os que mais necessitam. De acordo com a Academia Americana de Pediatria, a dose anual deve começar aos 6 meses de idade e ir até os 5 anos. Entre os idosos, é essencial que comecem por volta dos 60 anos, já que nesta faixa etária, o indivíduo possui múltiplas doenças, e a gripe pode levar a complicações graves, até mesmo à morte. Nos dois casos, é considerada a vulnerabilidade dos organismos. Segundo o Dr. Rafael, não há restrições, mas não se recomenda que uma pessoa com quadro infeccioso e febril, um resfriado, por exemplo, seja vacinada. Isso por que o organismo terá uma reação, passará por desequilíbrio em sua defesa e o paciente provavelmente ficará pior. Em grandes empresas, com boa concentração de funcionários em ambientes fechados, vale uma campanha interna de vacinação. “Além de evitar a transmissão, evita as faltas ao trabalho, uma vez que os trabalhadores estarão imunes à gripe”, completa o dr. Alfredo. As vacinas são seguras e bem toleradas. Quando há reação adversa, o mais comum é dor no local da aplicação. Apenas 5% dos vacinados correm o risco de algum efeito colateral. Já as reações graves, raras, podem ocorrer em menos de 1% deles. CAMPANHAS DE VACINAÇÃO Desde 1999, o Ministério da Saúde e as secretarias municipais de saúde realizam anualmente campanhas, atendendo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de priorizar os idosos na vacinação. “A gripe entre jovens não representa problema de saúde pública. Por essa razão, o objetivo é reduzir quadros graves da enfermidade, como as pneumonias, e a taxa de mortalidade nessa população, a mais vulnerável”, explica dr. José Eduardo Delfini Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT). A campanha 2008 está prevista para começar na segunda quinzena de março. PULMONAR A SPPT, sempre prestando serviços ao seu público, abre espaço em seu site www.pulmonar.org.br para prestação de serviços à comunidade. Ele traz aos cidadãos todo o tipo de conhecimento sobre as doenças respiratórias e pulmonares. Também dispõe de dicas de hábitos saudáveis, prevenção e cuidados para cuidar da saúde. As dicas do portal Pulmonar, assim como seu conteúdo, não substituem o acompanhamento médico. (fonte: Maxpress – 18.04.2008)

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