Valdelice Bonifácio A ampliação do número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em hospitais de Campo Grande esbarra na briga judicial travada por empresas concorrentes nas licitações abertas pelo poder público. Equipamentos para mais de 70 leitos ainda não chegaram porque empresas que saíram derrotadas no processo contestam o resultado impedindo a efetivação da compra. Em busca de uma solução para tal problema, o MPE (Ministério Público Estadual) deve agendar nova reunião na semana que vem para analisar os meios legais de se viabilizar a aquisição dos equipamentos. Hoje pela manhã, o assunto já foi discutido na sede das Promotorias da Capital na presença de especialistas do setor, autoridades do Estado e municípios, representantes do Ministério Público e dos hospitais de Campo Grande. O diretor-geral de Atenção à Saúde do Estado, Antônio Lastória relata que devido às contestações das empresas, o governo e a prefeitura não conseguem fazer os equipamentos chegarem aos hospitais embora já tenham até empenhado o dinheiro para a compra. “A compra de equipamentos hospitalares segue a Lei 8666 que permite impugnações do processo de licitação”, salienta. Segundo ele, todos os hospitais de Campo Grande aguardam equipamentos que estão reprimidos em razão de recursos judiciais. A maternidade Cândido Mariano, por exemplo, espera desde 2006 a chegada de 13 leitos de UTI que já foram licitados. Estado de Emergência Uma forma se garantir a compra de equipamentos sem precisar passar por todos os trâmites de uma licitação convencional seria decretar estado de emergência no setor de saúde. “Não estamos vivendo uma situação caótica como se propaga é apenas um problema focal”, diz Lastória descartando o estado de emergência. Superlotação Na semana passada, uma equipe de médicos fiscais do CRM (Conselho Regional de Medicina) fez uma vistoria no pronto-socorro da Santa Casa (o maior hospital do Estado) e constatou que os 80 leitos das UTIestavam lotados. Além disso, 69 pessoas esperavam por um leito, sendo que 54 estavam nos corredores e 15 eram considerados casos de emergência. A constatação do caos fez o CRM acionar o Ministério Público Estadual para que intervenha exigindo a criação de novos leitos na Santa Casa. (jornal Midiamax News – 30.07.2008)

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