Objetivo é ensinar empatia e capacidade de comunicação a estudantes de Medicina

Uma das principais queixas que pacientes em consulta fazem é sobre o pouco contato com os médicos. Muitos profissionais são criticados por não dar muita atenção a quem está sendo atendido. Foi buscando consertar essa deficiência que a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp inseriu no currículo do curso a disciplina de Emergências Clínicas, em que alunos do 6º ano realizam simulações de consultas ambulatoriais.

A aula é feita com atores — que fingem ser pacientes — para desenvolver nos futuros médicos empatia e capacidade de comunicação. O professor Marcelo Schweller, idealizador da matéria ao lado de Marco Antônio de Carvalho Filho, garante que as atividades são capazes de produzir grandes benefícios para o atendimento em unidades de saúde. “O médico que consegue criar empatia e se comunica com clareza faz com que seus pacientes se engajem mais no tratamento e na prevenção de suas doenças”.

Outra crítica muito comum dos pacientes diz respeito à curta duração das consultas. Neste caso, porém, Schweller afirma que o objetivo dos professores é derrubar o mito de que quanto mais longo o atendimento, melhor ele será. “Em uma rotina de pronto-socorro, longas consultas são quase inviáveis. O paciente vai deixar o consultório satisfeito se for bem informado e avaliado, independente do tempo de atendimento”, diz.

Por outro lado, o médico não exclui a possibilidade de uma consulta mais prolongada ser feita. Para ele, o tempo dispensado a cada paciente deve variar de acordo com as suas necessidades. “Estamos ali para dar o que o paciente precisa. Se for preciso uma consulta de duas horas, é isso que deve ser feito”.

Problemas da rotina médica

Novidade nos cursos de medicina do país, a simulação de consultas busca melhorar a relação médico-paciente. Para isso, os atores interpretam diferentes personagens, com personalidades e diagnósticos variados. De acordo com Marcelo Schweller, todas as situações trabalhadas fazem parte do cotidiano de uma unidade básica de saúde.

“O foco não é discutir a exceção, mas casos corriqueiros de um posto de saúde, como diabetes e hipertensão. É na rotina que se dá a atuação do médico”, aponta o pesquisador. Os pacientes de mentira também apresentam situações pessoais com as quais o profissional de saúde precisa lidar, como desconfiança do diagnóstico ou recusa em tomar os remédios.

Fonte: http://odia.ig.com.br/

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