Prefeitura de São Carlos (SP) afirmou que compraria aparelhos em outubro. Pessoas que passaram por amputação aguardam há 2 anos por benefício.
 
 
   Dezenove pacientes do Sistema Único de Saúde em São Carlos (SP) continuam na fila de espera por próteses ortopédicas, que chega há dois anos em alguns casos. Em outubro, a Prefeitura informou que compraria o material e os pacientes foram chamados para tirar as medidas, mas ainda não tiveram resposta de quando os aparelhos vão chegar. Segundo a Secretaria de Saúde, a compra das próteses está em fase de licitação.

    O benefício não é oferecido desde 2011 e para o caminhoneiro Lourival Mazon, se locomover é um desafio. Há dois anos ele teve que amputar parte da perna direita por causa de um problema na circulação do sangue e está afastado do serviço. Ele faz todas a recomendações pedidas pelo médico, usa meia especial diariamente para a perna não inchar, mas precisa de uma prótese que aguarda há um ano e meio.

    “Eles prometem, mês que vem vai sair, já está autorizado para a compra, a gente liga lá e não dão nenhuma informação”, contou. O último recurso foi entrar com um pedido na Justiça. “Está bem difícil, não tem condições. Se eu pudesse, já teria comprado essa prótese e já estaria andando normalmente”, disse.

    Justiça – O defensor público Rodrigo Ferreira acompanha dez casos e explica que o processo é demorado. “Em regra o que dificulta a aquisição é o preço. Muitas vezes o município não tem recursos disponíveis e prefere destinar esses recursos para atender um numero maior de pacientes em vez de atender um só com um item mais caro”, explicou.

    Se a Prefeitura não cumprir os prazos estipulados pela Justiça para a entrega, poderá ser multada. “O juiz pede primeiro explicações do município, tendo uma justifica plausível pode até ser fixado um prazo maior e uma multa menor. Se não tiver justificativa nenhuma, ele vai fixar um novo prazo e aí sim uma multa maior. Isso varia muito de caso para caso”.

    Quem depende de prótese, quer que o poder público apresente logo uma solução. O aposentado Pedro Constâncio já está há um ano na espera por um aparelho para a perna direita Ter uma próteste para ele significa liberdade. “Eu voltaria a viver porque eu sou um morto vivo. Eu sonho que estou andando por aí, mas é mentira. Acho que poderia fazer muita coisa, até trabalhar”, disse.

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